sábado, 30 de abril de 2011

Podemos confiar no Censo 2010?

Por Ana Paula Caggiano

Banco de Imagens
Ontem, foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) o Censo Demográfico 2010, que constatou que no Brasil há 190.755.799 habitantes. A pesquisa realizada no período de 1º de agosto a 31 de outubro do ano passado teve o investimento de R$ 1,2 bi, e os recenseadores visitaram 67,5 milhões de residências.

Porém, 899 mil domicílios (1,3%), não tinham ninguém para a possível entrevista. De acordo com o IBGE, estas residências que estavam “fechadas” tinham evidências de ocupação, então, se faz uma metodologia para estimar o número de pessoas residentes nos domicílios fechados.

Os resultados do estudo apontaram também que há cerca de 96 homens para cada 100 mulheres no país. Além disso, a população jovem diminuiu, em compensação, o grupo da terceira idade aumentou de 5,9% em 2000 para 7,4% em 2010.

O fato é que a população aumentou, e pelo que parece esse número deve ser muito maior do que indica o Censo. Será que podemos confiar nesse Censo Demográfico 2010? Isso porque nem todas as pessoas participaram e não tem como saber exatamente qual é a situação de vida de cada um. O Censo brasileiro dura praticamente três meses, tempo mais que suficiente, mesmo com a essa extensão territorial que temos e até do difícil acesso.

O nosso Censo deveria ser como da Argentina. Nesse dia é decretado feriado nacional para que todos fiquem em casa, ou seja, nenhum comércio, nada fica aberto, apenas funcionam os hospitais que só atendem casos de urgência. O levantamento argentino dura um dia – das 8h às 20h - e os recenseadores preencham a lápis o formulário de papel.

Ao contrário que acontece por aqui, pois temos a nosso favor a tecnologia, já que os dados são registrados numa maquininha de mão - é que mesmo assim, o resultado não demonstra ser 100%.

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