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sexta-feira, 25 de março de 2011

Blogs e a informação

Leiam a matéria sobre blogs a qual fui entrevistada pela jornalista e amiga Alessandra:

Discussão na Rede: Quem duvida do poder do blogueiro?

Blogs estão no topo da informação, cada vez mais populares ao público e mais difícil para empresas

Por Alessandra Sabbag - Site O Estado RJ - Publicado em 24/03/2011


Não é de hoje que os blogs fazem tanto sucesso, caíram mesmo no gosto do público da web há alguns anos. Porém, é possível afirmar que cada vez mais o poder dos blogueiros aumenta, tornando-os personalidades formadoras de opinião, celebridades nascidas dentro da internet. O Instituto de Pesquisas Qualibest divulgou um estudo realizado, em 2008 sobre a opinião dos internautas em relação ao blog.

Na época, 86% dos entrevistados acreditam parcialmente nas informações de um diário virtual, mas 72% deles afirmam que já formaram uma opinião a respeito de um serviço ou marca através da ferramenta. “O blogueiro é um gerador de conteúdo, e isso é uma profissão. Na internet temos qualquer assunto, cabe ao internauta discernir o que é confiável ou não” afirma Marcus Andrade, sócio fundador do Guidu, guia de entretenimento em formato de rede social.

Para a jornalista Ana Magal, as pessoas descobriram nos blogs e nas redes sociais que podem participar do processo de disseminação da informação. “Hoje temos notícias muito mais rápido do que na imprensa tradicional, e é justamente por isso que muitos blogueiros acabam virando ´repórteres´ de seus próprios bairros e próprias vidas, dividindo conhecimento e acontecimentos o tempo todo, quase que em tempo real”, diz a profissional e blogueira do Profissão: Jornalista.

O blog dela foi o único blog brasileiro a ganhar o Concurso Blogger 10 anos, ficou entre os 11 finalistas do prêmio alemão The Bobs Awards (na categoria de melhor blog em língua portuguesa, indicado novamente este ano) e também esteve entre os 100 melhores blogs do TopBlog. Além do Profissão: Jornalista, Ana Magal comanda mais dois, o Feminina Plural e o TeleVisão e escreve como colunista para Coolture News.

Além dos blogueiros experientes no assunto, há aqueles que querem começar o seu diário online com a responsabilidade acima de tudo, é o caso da jornalista recém-formada Ana Paula Caggiano. Desde que entrou na faculdade, Ana Paula tinha a ideia de criar um blog para expor opiniões, matérias e posts de assuntos variados. “Queria divulgar um pouco do que sinto e penso. Mas ter um blog é ser responsável. Não é postar tudo o que pensa e de qualquer jeito. Tem que estar pelo menos antenado no assunto e saber colocar o que acha com palavras certas para não dar a entender algum tipo de ofensa, preconceito” conta a iniciante.


O blog como ferramenta de relacionamento das empresas

Muito diferentes dos sites institucionais, os blogs permitem que as empresas se comuniquem de forma menos informal com seus clientes, com uma apresentação mais descontraída. E por tanto, toda e qualquer empresa precisa olhar o cliente online. “Algumas empresas são a isso: às estratégias, ao conteúdo relevante, ao layout, à facilidade que o cliente tem em navegar pelo site. É importante se comunicar de forma diferente” afirma Marcus Andrade.

De acordo com uma pesquisa feita pela agência de marketing direto Rapp Digital Brasil, mais de 90% das indústrias brasileiras estão presentes na internet, mas apenas 27,5% usam o blog como ferramenta, seguido de comunidades virtuais (26%). O número ainda é baixo. Uma nova pesquisa, desta vez feita pela Forrester Research, apontou um fracasso por parte das empresas no que diz respeito ao blog: mais de 55% deles tinham um ou nenhum comentário por post. O motivo da falta de interesse do público seria porque 71% do conteúdo eram apenas assuntos da companhia ou de executivos.

“Se uma empresa está na web, o blog pode ser um modo informal de contactar-se com seus clientes de forma divertida e menos estressante, dando dicas, avisos e até promoções”, comenta a jornalista Ana Magal. Para Marcus Andrade, outra dica muito importante é a utilização das redes sociais integrada à ferramenta na web, como o Twitter e o Facebook.


Vlog

Os vlogs são os blogs em formato de vídeo, onde qualquer pessoa pode colocar sua opinião ou o que pensa sobre determinados assuntos, expondo seu rosto e falando com uma câmera. Recentes celebridades surgiram daí, como Felipe Neto (Não Faz Sentido!) e PC Siqueira (Maspoxavida) que fizeram enorme sucesso com seus canais no Youtube. Para alguns o vlog surgiu pela preguiça do brasileiro de ler post ou escrevê-los, para outros ele é apenas mais um meio de transmitir informação.

Mas o vlog tem sido utilizado pela maioria de forma totalmente opinativa, sem dados e sem assuntos tão relevantes quanto os que vão parar nas mãos dos blogueiros. “O blog ou vlog nada mais é do que a opinião de alguém que talvez leu, viu ou escutou de outro alguém um certo assunto, e às vezes não foi atrás para saber mais, não fez uma pesquisa detalhada, só postou na sua página e pronto” conta a universitária, Ana Paula.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Em andamento, projeto do Cedir quer ajudar jovens carentes

Por Ana Paula Caggiano

A coordenadora e professora Tereza Cristina Carvalho, do Centro de Descarte e Reúso de Resíduos de Informática (Cedir), da USP, está com um projeto ainda em andamento no papel de inclusão social, o "Projeto Para Ideas", no qual jovens de comunidades carentes de 17 a 20 anos de idade poderão fazer um curso de 360 horas, ao lado Cedir, a Lassu - Escola Politécnica Cidadania Ética - sobre reciclagem e separação de materiais eletrônicos.



Os 40 alunos do curso (divididos em duas turmas de 20) receberão vale transporte, vale refeição e uniforme. Além disso, estarão fazendo um estágio de 60 horas no próprio projeto do Cedir. O objetivo é ajudar esse jovens a conseguir um emprego numa Indústria de Micro informática ou em cooperativas de reciclagem de materiais eletrônicos.

Destino certo para o seu lixo eletrônico

Segundo a ONU, são gerados 40 milhões de toneladas desse material mundialmente

Texto e foto por Ana Paula Caggiano

Quando se houve falar em reciclagem, a maioria das pessoas pensa que é apenas separar materiais como plástico, vidro, papel e alumínio. Mas não é só isso. É comum encontrar jogados em beiras de córregos e terrenos baldios aparelhos de televisão, rádio, celulares, monitores e CPUs de informática, entre outros, que são chamados de lixo eletrônico, ou seja, produtos elétricos e eletrônicos descartados.

Quantos desses aparelhos você já teve ou ainda tem, que por não terem mais a funcionalidade, você deposita em lixeiras comuns ou abandona por aí? Até porque não há ou é pouco divulgada a informação sobre para qual local exato se pode enviar esses tipos de materiais. Além do mais, eles contêm componentes tóxicos, como, por exemplo, chumbo, cromo e níquel, que são prejudiciais ao meio ambiente e à saúde se expostos em lugares inadequados, principalmente as pilhas e baterias.

Segundo um relatório divulgado neste ano pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil joga anualmente no lixo 96,8 mil toneladas de computadores. Também foi considerado o país emergente que mais abandona geladeiras e é um dos líderes em descarte de televisores, celulares e impressoras. Estima-se que, no mundo, são gerados 40 milhões de toneladas de lixo eletrônico por ano.

O Centro de Descarte e Reúso de Resíduos de Informática (Cedir), da USP, é um projeto que recolhe descartes de PCs, monitores, mouses, teclados, impressoras, disquetes, CDs etc. No Dia do Meio Ambiente, comemorado em 5 de junho, 200 funcionários do Centro de Computação Eletrônica (CCE) fizeram uma coleta no campus que resultou em cinco toneladas de lixo eletrônico e, ao oferecê-lo à empresas, descobriram que era pouca a quantia paga, apenas R$ 1,2 mil. “Nunca pensamos que cinco toneladas de lixo valessem tão pouco! É por isso que o Centro está aqui para recolher e separar as peças para vender às empresas específicas”, diz a diretora e professora do projeto, Tereza Cristina Carvalho.
Caixa com disquetes no galpão do Cedir

De acordo com Tereza, as empresas de reciclagem trabalham somente com um tipo de material que lhe interessa, e o resto é jogado fora. Então, em 2009, depois de várias pesquisas e contatos, o CCE, que já tinha um Programa de Sustentabilidade que reaproveita materiais de informática, teve o apoio dos pesquisadores do Massachussetts Institute of Technology (MIT), dos Estados Unidos, para o projeto.

Os equipamentos que estiverem em condições de uso são recuperados e doados para ONGs e projetos sociais. Os que não têm mais utilidade têm um descarte adequado que inclui desmontagem, classificação e pesagem, sendo assim, enviados aos recicladores de acordo com o tipo de resíduo, como, por exemplo, placas, metais, vidros e plásticos. “Temos quatro pessoas que separam as peças. Aqui tudo é aproveitado”, afirma a diretora.

O consumo de vários aparelhos eletrônicos que depois de algum tempo caem em desuso se dá pela busca de status, o que gera um descontrole. “Torna-se uma banalização o consumismo exagerado das pessoas, principalmente quando envolve crianças, porque hoje elas preferem ganhar celular do que brinquedo”, conta a especialista em gestão ambiental do Cedir, Neuci Bicov Frade.

Algumas empresas como AOC, Phillips, HP e DELL recolhem os aparelhos de suas marcas. O Cedir recebe somente materiais de informática de pessoa física, e quem quiser doar é só entrar em contato pelos telefones: 3091-6454, 3091-6455 ou 3091-6456. O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 8h00 às 18h00 e também pode ser feito pelo e-mail consulta@usp.br.