sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Candidatos usam as redes sociais para atrair eleitores

Por Ana Paula Caggiano

Foto: Ana Paula Caggiano
Em outubro a população brasileira irá às urnas eleger presidente, senador, governador de estado e deputados federais e estaduais. Mas a corrida para atrair eleitores já começou, principalmente na internet através das principais redes sociais como Twitter, Facebook, Orkut, blogs e YouTube. Além dos sites dos partidos que têm o perfil dos candidatos.

Os concorrentes à presidência, Dilma Rousseff (PT), seguida por José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), usam esses recursos para conversar com os eleitores, divulgar a agenda de campanha e propagar suas principais ideias e planos de governo.

A internet é um meio utilizado mais pelos jovens e são eles que estão em busca de informações sobre os candidatos e acompanham também as suas trajetórias virtuais. “Procuro saber mais sobre propostas de empregos para nós os jovens, por isso já visitei o Twitter de vários candidatos e, na minha opinião, é o melhor lugar para divulgação”, diz o estudante de sistemas de informação Caio Fernando Nunes Casemiro, 24 anos.

Nos Estados Unidos, as redes sociais foram usadas pelo atual presidente Barack Obama na época em que concorria às eleições presidenciais. O democrata se aproximou dos eleitores pela internet e conseguiu arrecadar mais dinheiro para a sua campanha. Ao todo, Obama estava presente em mais de 16 redes sociais e foram US$ 750 milhões em doações online.

Em entrevista a TV Senado, o especialista em mídia digital e diretor do documentário Obama Digital, Pedro Sorrentino, não se pode comparar a mobilização digital dos norte-americanos nas eleições de 2008 com o que acontece aqui, pois o acesso das pessoas à internet é ainda considerado pequeno. “O poder que a internet vai ter de decisão em cima dessas eleições vai ser menor do que aconteceu nos Estados Unidos, mas ela é imprescindível para todos os candidatos”, afirma.

Segundo Sorrentino, outra diferença está na dinâmica de quem está na rede. No Brasil, os eleitores já sabem em quem vão votar e seguem determinadas pessoas e canais de informação, assim, não existe um processo de construção e reflexão da imagem. “As pessoas que interagem na web na parte política já estão altamente engajadas e com a opinião formada. Mas nos EUA, os indecisos tiveram sua opinião formada por conta da internet e de uma série de tecnologias aplicadas com investimentos em campanhas de mídias digitais e mídias diferentes que realmente foi influente”, declara.



"Os politicos hoje em dia estão usando redes sociais por causa do enorme sucesso que obama conseguiu nas eleições. Então, eles estão copiando esse "marketing" dele para ver se consegue mais votos e se aproximarem dos jovens que são os mais indecisos na hora do voto", diz o estudante na questão dos candidatos a utilizar uma estratégia que funcionou nos EUA.

Para Casemiro algumas pessoas capaz de continuar a seguir o político e desacredita que o candidato continuará a manter essa ferramenta. "Acho que podem ainda segui-lo e devem cobrar os que elegeram. Pessoalmente não sigo ninguém, geralmente vejo as "twittadas" dos candidatos quando alguém da retweet. Mas a grande maioria que for eleita não usará mais essas redes sociais durante quatro anos. Porém, ao começar novas eleições os candidatos voltam a usar de novo, conclui.

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