Por Ana Paula Caggiano
"O Quarto Poder"
O filme “O Quarto Poder” mostra como a imprensa pode distorcer os fatos e manipular as pessoas, sem se preocupar com a informação de fato e apurada, e sim, visando na exclusividade, na audiência (lucratividade da empresa).
Max Brackett (Dustin Holffman) é um jornalista que trabalha numa emissora de TV e está esperando que aconteça um grande furo de reportagem para reerguer a sua carreira, já que estava declinada a sua credibilidade. Numa de suas matérias, ele e a equipe estavam escondidos na rua esperando que saísse do banco o sr. Burns, para que ele desse uma declaração, já que estava sendo processado por desviar dinheiro de aposentados, mas o acusado se negou. Na redação, o editor-chefe de Max disse que essa matéria não iria entrar, mas o jornalista insiste e diz para o editor para então tentar novamente, e ter o lado do réu. No entanto, o profissional não consegue convencê-lo, pois o editor é “amigo” de Burns e não queria expor negativamente a imagem do acusado.
Neste caso acima a empresa não está expondo os dois lados corretamente, o veículo tentar cobrir um lado (que tem afinidade) para não agredir-lo e apenas se tem um só lado (do processo) que capaz de ser apenas citada. A questão é que a matéria está condenada, não vai ter destaque, apenas sendo uma nota. O pior disso: a informação é de interesse público, sendo um assunto que todos precisam saber, pois fala de desvio de dinheiro de pessoas, no caso de idosos, e isso seria divulgado como grande importância.
O foco principal mesmo do filme é quando o jornalista vai cobrir uma matéria em um museu e quando percebe, ele, a dona do museu, uma professora e as crianças tornam-se reféns de Sam Baily (Jonh Travolta) um ex-guarda do lugar que tinha sido demitido e queria o seu emprego de volta e para isso foi armado para impressionar a diretora do museu e conseguir voltar a trabalhar.
Imediatamente Max que até então estava escondido no banheiro consegue se comunicar com a estagiária que se encontrava ao lado de fora e imediatamente ela liga para a emissora. Tanto o veículo de comunicação e o próprio jornalista vêem a oportunidade de um grande furo de reportagem.
O que seria uma exclusividade deixou de ser quando o furo tornou-se um drama ainda maior quando foi ao ar e o país ficou sabendo, até mesmo o próprio Sam que descobriu onde o jornalista estava escondido. Policiais, pais das crianças e a mídia estavam em frente do museu. Tudo ficou sensacionalista, tudo se tornou um grande circo, um show.
Max foi o porta voz de Sam. Na verdade o jornalista queria realmente a sua matéria, ter a confiança do ex-guarda para conseguir uma entrevista com ele e foi o que aconteceu. Ao mesmo tempo em que saía e conversava com os policiais, Max “ajudava” Sam (fazendo com que a imagem dele fosse positiva, que as pessoas compreendessem o desespero de um pai de família desempregado, mesmo cometendo esse ato errado). Porém o rival de Max, Kevin Hollander e outros veículos de comunicação fizeram o contrário, destorcendo a imagem do ex-guarda como perigoso.
No final de tudo, quando todos os reféns foram libertados, o jornalista percebeu que a mídia influenciou na opinião pública de modo que prejudicou Sam que acabou se suicidando.
Principais pontos não-éticos ocorrido no filme – jornalista (s) e dos meios de comunicação:
• Os jornalistas estavam entrevistando qualquer pessoa (uma repórter entrevista um homem que fala que é o melhor amigo de Sam , mas na verdade não era);
• Não apuravam, investigavam as informações;
• Distorcia as entrevistas na edição, subjetivo- deturpa a informação, ilude o receptor;
• Não ouviam direito os dois lados;
• Agilidade: divulgar a informação errada por causa da pressa (o furo), ser os primeiros;
• Invasão da privacidade (jardim da casa de Sam) e o hospital em que estava um outro guarda ferido a bala acidentalmente por Sam;
• Pré julgamento: pesquisa a favor e o contra a Sam;
• As empresas de comunicação querem a audiência, o lucro;
• Influi na persuasão.
• Os jornalistas estavam entrevistando qualquer pessoa (uma repórter entrevista um homem que fala que é o melhor amigo de Sam , mas na verdade não era);
• Não apuravam, investigavam as informações;
• Distorcia as entrevistas na edição, subjetivo- deturpa a informação, ilude o receptor;
• Não ouviam direito os dois lados;
• Agilidade: divulgar a informação errada por causa da pressa (o furo), ser os primeiros;
• Invasão da privacidade (jardim da casa de Sam) e o hospital em que estava um outro guarda ferido a bala acidentalmente por Sam;
• Pré julgamento: pesquisa a favor e o contra a Sam;
• As empresas de comunicação querem a audiência, o lucro;
• Influi na persuasão.
A informação sempre teve o seu valor, ela é muito importante, por isso tem que investigar, pesquisar, buscar a fidelidade no fato (exatidão), ouvir e mostrar os dos lados (imparcialidade). O profissional tem que ser honesto, objetivo e equilibrar a neutralidade, ou seja, passa a opinião na matéria, mas fazendo com que o receptor tire as suas próprias conclusões. Processar corretamente a informação, pois quem a divulga sabe da responsabilidade, da consciência e da liberdade, pois influi no pensamento das pessoas.
O abuso de poder da mídia é um instrumento de manipulação e controle, pois passar uma informação errada muda a opinião da massa (juízo de valor) e as tornam passivas, porque não há interação, a discussão entre elas, e sim a aceitação de tudo que lêem, escutam ou vêem.
Contudo, o quarto poder do jornalismo deve-se na qualidade de observar, de fiscalizar e divulgar a informação correta (os poderes públicos e privados) e assegurar a transparência das relações políticas, econômicas e sociais, no qual está relacionada há uma série de obrigações e deveres que regem a profissão do jornalista consolidadas em códigos de ética que variam de acordo com cada país.
Vídeo: O Quarto Poder.
Direção de Costa Gravas.
País: EUA: Arnold Kopelson Productions / Punch Productions/Warner Bros.,
Ano: 1997
Duração: 115min., drama, son., color., leg.,
Classificação: 16 anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário