segunda-feira, 31 de maio de 2010

Dos meus pulmões eu cuido, já os seus...

Por Ana Paula Caggiano



Hoje (31/05) é o Dia Mundial Sem Tabaco e que tal dar uma passadinha na Praça da Sé ou pelo vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista para fazer um exames gratuitos e saber como está a sua saúde respiratória? Aproveite essa oportunidade e quem sabe você fumante pode ter a força de vontade em largar esse vício? Sei que os pulmões são seus e eu não tenho nada com isso, mas em certo ponto eu tenho direito, sabe porquê?
Eu e outras pessoas que não fumam e fazem de tudo para conservar os pulmões, não queremos ser obrigados a inspirar essa fumaça mal cheirosa. Mesmo em vias públicas, quando estou num ponto de ônibus, por exemplo, aparece alguém que não se toca, na maioria das vezes, e fica bem na sua frente tragando, e o pior é quando o vento não colabora e joga aquele fedô para o seu lado. Se quer fumar e estragar sua saúde, vai em frente, mas não a minha. Tenha o bom senso de se afastar para que a fumaça não atrapalhe os outros. Isso não é frescura, não. Já pensou que o não fumante pode ter problemas respiratórios de nascença ou ter problemas porque convive com chaminés o tempo todo.
Está comprovado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os malefícios que o cigarro pode causar aos fumantes e aos quem não fuma. Os problemas vai desde dificuldade em respirar, um câncer e/ou a morte. Muitas vezes, os sintomas começam com uma simples tosse que vai se agravando com o tempo.
Cidadão e cidadã não fiquem só conscientes, e sim, tome uma atitude, ame a sua vida e daqueles que você ama. Você não fumante que conhece alguém que fuma, faça que nem eu: espalhe cartazes pelo ambiente onde este chaminé vive, fale para ela que você está saindo prejudicado... Solte sua imaginação. E se o (a) fumante prometer parar, fiscalize, ajude com apoio moral, mas fique de olho, porque pode ser que ele (a) possa ter uma recaída....Não deixe!!!! Se der certo parabéns!!! Todos ganham. Digo por experiência própria - Nunca fumei, mas eu convivia com uma fumante dentro de casa e isso era insuportável, mesmo ela (minha mãe) não tragando na minha presença e nem dentro de casa, por respeito a mim como dizia ela, era horrível do mesmo jeito. Pois, quando queria uma abraço de mãe, parecia que eu abraçava um cinzeiro. Então cansada disso, eu travei uma batalha Anti Fumo, sabe como?
Bom, comecei a falar toda hora do mal que as substâncias do cigarro provoca no organismo, como a nicotina, por exemplo:
-“Mãe, você sabe o que você está fumando? - A senhora sabe que no meio desses componentes todos tem formol? É formol! Aquele que conserva defunto! E você também sabe que tem veneno que mata barata e rato?”
A cara dela era incrível de horror, mesmo assim ela não largava. Então, eu mostrava que nas próprias embalagens de cigarro tinha as fotos de gente com câncer ou de ratos mortos... Alias isso é muito irônico, porque mesmo assim pessoas continuam comprando cigarros, elas olham para aquelas fotos e não fazem nada.
Vou continuar a história. Só sei que foi uma batalha e nunca me esqueço que eu dizia: - “Mãe, se você me ama e quer tanto o meu bem como sempre diz, pare de fumar. A senhora quer que eu fique órfã de mãe? Ou quer que eu a acompanhe a estragar sua vida? Posso começar a fumar, que tal?"
Claro, para uma mãe ouvir isso era o cúmulo, mas ela prometeu parar. Mas eu não dormir no ponto não, viu? Fuçava em todos os lugares que ela poderia esconder o maço e sabe que eu fazia? Há há há há há ha... Tinha vezes que eu picava tudo e colocava de volta na embalagem, outras eu picava e jogava no lixo ou a melhor, a pegava na boca da botija quando ainda ia ascender, retirava da mão dela, lhe dava uma bronca (fazia um dramalhão que só, até merecia um Oscar pela atuação) e picava um por um do cigarro na frente dela, jogava no latão de lixo e dava-lhe uma bala para passar a vontade e a ansiedade. Sim, fui muito má, mas não me arrependo.
Sempre comemoro essa vitória, pois faz uns sete anos que a minha mãe querida não coloca um cigarro na boca, agora só bala, acho que ela está até viciada nesse doce. Que bom!!! Só desejo que não fique diabética, né?
Outro exemplo se superação foi do meu pai. Quando a minha mãe conheceu meu pai, isso faz uns 47 anos atrás, ele já fumava e foi a partir daí que ela começou a também a tragar. Bom, meu pai me contou um dia, que os dedos dele eram amarelos, por cauda do cigarro e que um dia ele marcou uma consulta, porque estava com uma tosse que o incomodava. O médico o examinou e olhou bem firme para ele e disse: -"Se você quiser morrer velho, pare de fumar!" - O meu pai naquela época tinha uns 28 anos. Pelo incrível que pareça, quando meu pai saiu do consultório, a primeira coisa que fez foi jogar o maço de cigarros no bueiro. - Desculpe blogueiro (a) que lê esse post! Não é permitido jogar lixo em vias públicas: primeiro porque é feio e segundo quando der uma enchente não tem para onde ficar seguro, obrigada. - Continuando...ele parou sim naquele mesmo dia, o medo era muito grande de nunca continuar a desfrutar a vida, que imediatamente largou. Não foi fácil, tanto que ele descontou na comida. Por isso, quando um (a) ex-fumante em reabilitação engorda, é porque desconta a ansiedade nas guloseimas. Mas isso tem que ter um controle, se não vai ficar obeso (a) e isso já é outro problema.
Finalizando, meu pai parou de fumar, mas os problemas de anos de fumo surgiram tempos depois, no qual resultou numa cirurgia de varizes, pois as veias dele estavam entupidas e o sangue não circulava. Lembro disso muito raramente, pois eu tinha uns 4 anos de idade, quando vi meu pai com as duas penas (da altura do joelho para baixo) enfaixadas subindo as escadas de casa. Ao longo do tempo ele se recuperou, mas a marca do tabaco ainda parece nas canelas dele, pois tem uma leve mancha escura, sem cicatriz, está normal.
Hoje os meus pais nem pode sentir o cheiro do cigarro, eles não suportam, que bom né? Isso quer dizer que a persistência é tudo, só basta ter força de vontade. Se quiser largar o tabaco, dou a maior força, porque dos meus pulmões eu cuido, já os seus é com você.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Dançar faz bem para o corpo e a mente

Por Ana Paula Caggiano



A dança pode ser uma opção para quem quer ter ou manter a saúde e o corpo em forma, sem precisar praticar exercícios pesados, como por exemplo, a corrida. A dança é considerada um esporte também, pois proporciona flexibilidade e perda de peso, melhora o condicionamento aeróbio e a postura, aprimora a coordenação motora, desenvolve a musculatura e previne algumas doenças, como a cardiorrespiratória, a má circulação, o estresse e o cansaço.

Professora de dança há seis anos, Ana Claudia Mendes, que leciona para crianças e até à terceira idade, diz que praticar a dança tem variação no tempo de treino. “Depende do nível técnico de cada pessoa. Aulas de Baby Class (4/5 anos) e para idosos têm em média um trabalho de duas vezes por semana com duração de 50 minutos. Já as mais avançadas, como o balé e até mesmo profissionais, exigem estudo entre teoria e prática de até 8 horas por dia.”

Segundo Ana Claudia, que dá aula de balé clássico, jazz, sapateado, street dance e vários outros estilos, o ritmo mais procurado é a dança contemporânea. “Atualmente no Brasil existe uma grande procura pela dança contemporânea, talvez pelo biótipo dos bailarinos brasileiros e também pela quantidade de companhias profissionais remuneradas de dança nesse segmento”, explica.

A dança não beneficia só o corpo, mas também a mente, porque ajuda na socialização e nos relacionamentos amorosos, e como forma terapêutica em pessoas que sofrem de timidez, solidão e depressão, pois como qualquer outro exercício, produz o aumento do nível de serotonina no corpo, responsável pela sensação de bem-estar. “Tenho amigos que conheci na escola de dança. Você começa a sair mais, encontrar pessoas novas e a desligar-se de preconceitos que nem sabia que tinha”, diz a estudante de publicidade Fabíola Castro, que faz aula de gafieira há três anos.

Dançar não é apenas uma diversão, mas também uma arte que proporciona qualidade de vida para os praticantes, principalmente quando está associada com a música, pois ajuda mais ainda a relaxar, a equilibrar e impulsionar o corpo a se movimentar. Quem pratica garante querer sempre aprender outros estilos. “Já dancei vários outros ritmos, mas tenho vontade de fazer salsa e dança de salão americana”, conclui Fabíola.

Literatura A Sangue Frio

Por Ana Paula Caggiano




"Capote"







O filme conta como o jornalista Truman Capote ficou intrigado quando leu numa pequena nota do jornal New York Times, que os quatro membros da família Clutter foram brutalmente assassinados na própria propriedade, a fazenda River Valley, localizada na cidade de Holcomb, no Kansas (EUA). Capote acreditou ser esta a oportunidade perfeita de provar sua teoria de que histórias de não-ficção podem ser tão emocionantes quanto as de ficção.





Acompanhado por Harper Lee sua amiga de infância, Capote surpreende a sociedade local com sua voz infantil, seus maneirismos femininos e roupas não convencionais. Logo ele ganha a confiança de Alvin Dewey, o agente que lidera a investigação do assassinato. Pouco depois os criminosos, Perry Smith e Dick Hickock são capturados em Las Vegas e devolvidos ao Kansas onde foram julgados e condenados a morte. Capote os visita na prisão e consegue a confiança de Perry que lhe conta como planejaram assaltar a família Clutter e a brutalidade que fizeram com eles (o fazendeiro Herbert, a esposa Bonnie, e o casal de filhos, Nancy e Kenyon foram amarrados, amordaçados e mortos com um tiro na cabeça). No dia 14 de abril de 1965, ou seja, cinco anos depois da chacina, a dupla foi para a forca.





Capote precisava de todas as informações possíveis tanto os relatos dos condenados como também os documentos das investigações e entrevistas com oficiais do caso, parentes, amigos e outras pessoas da pacata cidade para escrever seu livro de nome A Sangue Frio.





Truman Capote fez como todo jornalista que se preze e tem credibilidade ao escrever sobre alguma coisa: não ficou com a “bunda” colada na cadeira. Foi atrás, viajou até a cidade onde aconteceu o crime; escreveu o que viu e ouviu os dois lados. Entrevistou várias vezes todos que tinham uma relação mais próxima e não tão próxima da família Clutter, conversou com os investigadores, com os parentes dos criminosos e com os próprios assassinos; apurou, checou e investigou as informações, dados, matérias de jornais e outros materiais que dizia sobre o crime; escreveu o perfil dos personagens; relacionou a literatura com o jornalismo: escreveu sobre uma história real, longa, detalhada e com personagens não fictícios.





Porém, com toda dedicação ao escrever A Sangue Frio, o levou a muitas criticas, já que Capote quando estava na cidade apurando o caso não fez nenhuma anotação ou gravação das entrevistas. Tanto, que ele dizia que guardava na memória 95% do que ouvia e via, e somente passou a escrever o livro depois da condenação dos criminosos, ou seja, cinco anos. Outro fato foi que o jornalista por ser homossexual assumido, poderia ter se apaixonado por Perry. Mas por ser um homem fluente se ele realmente quisesse salvar o pescoço de Smith pelo menos teria deixado-o vivo na prisão. Mas como profissional e frio, apenas queria escrever um gênero de jornalismo literário que o consagrou a muitos prêmios.






Vídeo: Capote.
Direção de Bennett Miller.
País: EUA.
Distribuidora: Sony Pictures Classics / United Artists / MGM / Buena Vista International.
Ano: 2005
Duração: 98 minutos.
Gênero: Drama.

Morre o baixista da banda Slipknot

Por Ana Paula Caggiano


Hoje (24/05) Paul Gray, de 38 anos, baixista da banda norte americana Slipknot foi encontrado morto no quarto do hotel TownePlace, em Urbandale (EUA). Os empregados do hotel encontram pela manhã o músico já sem vida e comunicou a polícia. A causa do falecimento ainda está sendo analisada através da autopsia.


Veja o vídeo da coletiva de imprensa com os integrantes da banda sobre a morte do baixista.


sábado, 22 de maio de 2010

Ética jornalística começa pela apuração da informação

Por Ana Paula Caggiano




"O Quarto Poder"


O filme “O Quarto Poder” mostra como a imprensa pode distorcer os fatos e manipular as pessoas, sem se preocupar com a informação de fato e apurada, e sim, visando na exclusividade, na audiência (lucratividade da empresa).


Max Brackett (Dustin Holffman) é um jornalista que trabalha numa emissora de TV e está esperando que aconteça um grande furo de reportagem para reerguer a sua carreira, já que estava declinada a sua credibilidade. Numa de suas matérias, ele e a equipe estavam escondidos na rua esperando que saísse do banco o sr. Burns, para que ele desse uma declaração, já que estava sendo processado por desviar dinheiro de aposentados, mas o acusado se negou. Na redação, o editor-chefe de Max disse que essa matéria não iria entrar, mas o jornalista insiste e diz para o editor para então tentar novamente, e ter o lado do réu. No entanto, o profissional não consegue convencê-lo, pois o editor é “amigo” de Burns e não queria expor negativamente a imagem do acusado.



Neste caso acima a empresa não está expondo os dois lados corretamente, o veículo tentar cobrir um lado (que tem afinidade) para não agredir-lo e apenas se tem um só lado (do processo) que capaz de ser apenas citada. A questão é que a matéria está condenada, não vai ter destaque, apenas sendo uma nota. O pior disso: a informação é de interesse público, sendo um assunto que todos precisam saber, pois fala de desvio de dinheiro de pessoas, no caso de idosos, e isso seria divulgado como grande importância.



O foco principal mesmo do filme é quando o jornalista vai cobrir uma matéria em um museu e quando percebe, ele, a dona do museu, uma professora e as crianças tornam-se reféns de Sam Baily (Jonh Travolta) um ex-guarda do lugar que tinha sido demitido e queria o seu emprego de volta e para isso foi armado para impressionar a diretora do museu e conseguir voltar a trabalhar.



Imediatamente Max que até então estava escondido no banheiro consegue se comunicar com a estagiária que se encontrava ao lado de fora e imediatamente ela liga para a emissora. Tanto o veículo de comunicação e o próprio jornalista vêem a oportunidade de um grande furo de reportagem.



O que seria uma exclusividade deixou de ser quando o furo tornou-se um drama ainda maior quando foi ao ar e o país ficou sabendo, até mesmo o próprio Sam que descobriu onde o jornalista estava escondido. Policiais, pais das crianças e a mídia estavam em frente do museu. Tudo ficou sensacionalista, tudo se tornou um grande circo, um show.




Max foi o porta voz de Sam. Na verdade o jornalista queria realmente a sua matéria, ter a confiança do ex-guarda para conseguir uma entrevista com ele e foi o que aconteceu. Ao mesmo tempo em que saía e conversava com os policiais, Max “ajudava” Sam (fazendo com que a imagem dele fosse positiva, que as pessoas compreendessem o desespero de um pai de família desempregado, mesmo cometendo esse ato errado). Porém o rival de Max, Kevin Hollander e outros veículos de comunicação fizeram o contrário, destorcendo a imagem do ex-guarda como perigoso.
No final de tudo, quando todos os reféns foram libertados, o jornalista percebeu que a mídia influenciou na opinião pública de modo que prejudicou Sam que acabou se suicidando.




Principais pontos não-éticos ocorrido no filme – jornalista (s) e dos meios de comunicação:
• Os jornalistas estavam entrevistando qualquer pessoa (uma repórter entrevista um homem que fala que é o melhor amigo de Sam , mas na verdade não era);
• Não apuravam, investigavam as informações;
• Distorcia as entrevistas na edição, subjetivo- deturpa a informação, ilude o receptor;
• Não ouviam direito os dois lados;
• Agilidade: divulgar a informação errada por causa da pressa (o furo), ser os primeiros;
• Invasão da privacidade (jardim da casa de Sam) e o hospital em que estava um outro guarda ferido a bala acidentalmente por Sam;
• Pré julgamento: pesquisa a favor e o contra a Sam;
• As empresas de comunicação querem a audiência, o lucro;
• Influi na persuasão.




A informação sempre teve o seu valor, ela é muito importante, por isso tem que investigar, pesquisar, buscar a fidelidade no fato (exatidão), ouvir e mostrar os dos lados (imparcialidade). O profissional tem que ser honesto, objetivo e equilibrar a neutralidade, ou seja, passa a opinião na matéria, mas fazendo com que o receptor tire as suas próprias conclusões. Processar corretamente a informação, pois quem a divulga sabe da responsabilidade, da consciência e da liberdade, pois influi no pensamento das pessoas.



O abuso de poder da mídia é um instrumento de manipulação e controle, pois passar uma informação errada muda a opinião da massa (juízo de valor) e as tornam passivas, porque não há interação, a discussão entre elas, e sim a aceitação de tudo que lêem, escutam ou vêem.
Contudo, o quarto poder do jornalismo deve-se na qualidade de observar, de fiscalizar e divulgar a informação correta (os poderes públicos e privados) e assegurar a transparência das relações políticas, econômicas e sociais, no qual está relacionada há uma série de obrigações e deveres que regem a profissão do jornalista consolidadas em códigos de ética que variam de acordo com cada país.



Vídeo: O Quarto Poder.

Direção de Costa Gravas.

País: EUA: Arnold Kopelson Productions / Punch Productions/Warner Bros.,

Ano: 1997

Duração: 115min., drama, son., color., leg.,

Classificação: 16 anos.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Uma realidade que atinge a todos nós

Por Ana Paula Caggiano

“Entre os Muros da Escola”
Uma realidade que atinge a todos nós


O filme “Entre os Muros da Escola” mostra relação entre professores e alunos, professores e pais, estudantes e seus pais, as cobranças e os problemas que o ensino educacional enfrenta com as diversas questões culturais, de convívio social, política e econômica que traçam ideologias e costumes diferentes de uma França que enfrenta a colonização de povos já conquistados por ela.





O presentismo está exposto em alguns jovens que pensam mais no presente, no “neste momento” e menos no amanhã. Mas não são todos os casos, pois outros alunos pensam no futuro e para isso demonstram bastante interesse nas aulas.



A metade dos alunos da turma do professor de francês, François Marin são de outra nacionalidade como no caso de Wey que veio da China com sua família e Souleymane do Mali, por exemplo. Como são de outros países, os dois têm algo em comum, mas em desempenho escolar e personalidades são bem diferentes. Apesar da dificuldade com o idioma francês, Wey se esforça nas lições, sendo um aluno aplicado. Já o garoto do Mali não leva o material, falta na escola, chega atrasado e responde os professores, ou seja, não participa das aulas.



Podemos citar no contexto histórico da Europa no Pós-Guerra, o jovem que não precisava mais sair para trabalhar, e assim ajudar no sustento da casa. O Bem-Estar Social assegurou a família para que essa criança e esse adolescente tenham a oportunidade de estudar, de passar mais tempo na escola. É claro, que isso garante uma competição e crescimento tanto nas tecnologias que estavam surgindo e para os jovens que precisavam estudar muito para entrar numa faculdade ou num curso técnico e se especializar, porque o mercado pedia e ainda hoje pede.






Mas o que isso tem haver? Bom, neste caso entre os alunos vemos que alguns dão valor a que está sendo oferecido, porque com isso terão um ótimo desempenho escolar no que resultará em grandes oportunidades (que seus pais não tiveram ou não conseguiram) como um bom emprego, melhor salário e por esse motivo que se dedicam no presente, mas pensando no futuro, como disse anteriormente.



A relação entre o professor e seus alunos é bem conturbada, pois vemos em algumas cenas o tempo perdido, ou seja, o tempo não aproveitado do “saber”, a falta de interesse dos estudantes, as brigas, as discussões, as conversas (“piadinhas”) desnecessárias em pleno horário de aula. Numa cena um educador entra na sala dos professores irritado com a falta atenção dos seus alunos. Ele chega ao certo ponto de estresse, de perda de estimulo de ensinar, “degrada” moralmente o péssimo comportamento dos jovens.



Os pais dos estudantes acham que a escola tem o papel de educar os seus filhos. A lição de educação e de boas maneiras tem que vir de casa. O objetivo da área educacional é somente ensinar os alunos as disciplinas, mas não deixa de ser um lugar em que se aprende a conviver socialmente e a ser formadores de opinião.



A maioria dos familiares não se importam ou não acreditam no que os professores dizem a respeito de seus filhos. Por exemplo: na reunião de pais a comunicação era muito complicada e limitada entre a mãe de Souleymane e Marin, pois ela não compreendia o idioma francês e nem ele a dela, então quem traduzia o que um falava era o próprio garoto. Mas a falta de interesse em saber que seu filho está indo bem ou mal na escola é uma situação muito difícil. Em algum momento da vida já presenciamos quando participávamos de reuniões de pais e mestres ou quando alguém nos contava. Muitos estavam ali só para assinar o boletim do filho e nada mais ou ficavam incrédulos e chocados quando escutavam o péssimo comportamento do jovem estudante.



A adolescência é uma fase de muitas mudanças, tarefas e cobranças, porque a cada momento eles se deparam com a responsabilidade que terão que enfrentar. Tudo bem que esses jovens estão descobrindo o “mundo”. Porém são imaturos em certas questões, e talvez por isso, que eles fiquem confusos, temerosos, nervosos e teimosos em querer desbravar e experimentar tudo ao seu redor em curto tempo.



Essa sede de saber de tudo faz com que eles levem muitos tombos, mas não surge a preocupação neles, pois seus pais são “os anjos da guarda” para livrá-los de qualquer enrascada. Podemos dizer que esse universo jovem é vivido de forma conturbadora e ao mesmo tempo divertida em que não se tem limites e nem regras “chatas” a serem compridas.

É nesse lugar que eles tentam se encontrar e obter a aprovação, respeito social de outros adolescentes, como: ser o mais legal, mais bonito (a), estar na moda, ter vários amigos (popular) e não ser chacota, o nerd, o excluído da turma. Sendo o esquisito do grupo social ou não, a juventude tem liberdade de expressar o que quiserem. Mas será que estes sabem lidar com essa liberdade? Vamos voltar na questão da escola.









Em algum período já escutamos esta frase no colégio: “Quem faz a escola é o aluno”. O que não deixa de ser verdade. Se formos levar em conta o ensino e a liberdade dos alunos de antigamente e comparar com hoje em dia é totalmente diferente. No tempo dos nossos pais e avós no que desrespeita a disciplina escolar era muito “autoritária”; o respeito entre alunos e professores era lei, principalmente para os estudantes que não podiam abrir a boca sem ser autorizado – sem liberdade.





Contudo hoje em dia não existe essa rigidez. O respeito que se tinha na sala de aula não existe mais, são acusações, ofensas, ameaças, agressões físicas e verbais, boletins de ocorrência em delegacias, professores afastados por motivos de abalos psicológicos ou desistiram da profissão, alunos sendo expulsos e encaminhados para outra instituição de ensino ou até mesmo param de estudar. Isso tudo é comum atualmente.





A culpa não é só da má liberdade dada aos jovens, mas uma série de condutas desde criação de berço até influências de “estranhos”, falta de oportunidades, mudanças de governo etc.
A liberdade imposta é muito mal conduzida não sendo controlada. Todos têm o poder de se expressar, mas desde que saiba fazer de uma maneira politicamente correta, estudada, pensada, planejada, sem “agredir” ou “ferir” de uma forma banal. O que não acontece.




Outra questão também a ser abordada seria que alguns professores reagem de modo errado as provocações de alunos. No caso do Marin que comparou de “vagabundas” o comportamento de duas garotas na reunião com os professores foi uma postura negativa. Claro que isso foi uma maneira completamente ruim, que o mestre poderia muito bem ter exposto sua opinião de uma forma menos agressiva. Porém a posição das alunas foi errada.




No filme a escola estava passando por problemas com os alunos e para penalizá-los adotaram um sistema de tirar pontos daqueles que tiverem um mau comportamento, cujo castigo empregado antes para os estudantes não estavam mais surtindo efeito. Caso algum aluno já estivesse perdido todos os pontos seguiria para o Conselho Disciplinar. Quando os professores, diretor, representantes dos pais discutiam sobre este sistema ouve divergências. Porém o mais fascinante era que não tinha terminado de “votar” sobre essa medida de penalização e logo passaram para um tema totalmente fora do contexto sugerido como pauta por uma professora que era de comprar uma máquina nova de café, pois o copo de cafeína estava muito caro. É de muita valia o preço alto da bebida do que debater propostas para resolver os problemas dos jovens desinteressados.



Na última cena François pergunta a sua turma sobre o que os alunos aprenderam nesse ano letivo, todos responderam, mas apenas uma única estudante disse que não aprendeu nada e que não gostaria de fazer um curso profissionalizante. Não é novidade nenhuma, pois muitos jovens passam de ano sem ter aprendido absolutamente nada. Como será o país se ninguém sabe de nada? Qual o problema do sistema que não foi resolvido e está até hoje precário? De quem é a culpa? Somos todos culpados? Porquê poucos reclamam, cobram e muitos não sabem ou fingem que não enxergam? Afinal, temos que continuar sendo “burros” para acreditar e votar nos “espertos”? Temos que nos contentar com tão pouco, já que temos o direito de muito? Sabemos dos nossos deveres quando pagamos nossos impostos, mas será que as autoridades sabem também dos seus deveres com o cidadão? Essa é uma realidade que atinge a todos nós.




























































































Vídeo: "Entre os Muros da Escola"

Direção: Lautent Cantet

França, Sony Pictures Classics/ Imovision

Ano: 2008

Duração: 128 min.

Gênero: Drama.

Nova cena de Eclipse - Legendado

Por Ana Paula Caggiano

Nossa!!! Agora que o edward está com ciúmes??? Demorou né? Nesta cena o vampiro está muito lindo bravo. Já Jacob continua criança e se achando o bambamba e como sempre a atriz não dá expressão a Bella. Mas a parte mais engraçada é do xerife Swan, totalmente calmo numa discussão que poderia custar-lhe a vida, pois ele nem imagina que um é vampiro e o outro um lobisomem.

domingo, 9 de maio de 2010

Feliz Dia das Mães!!!

Por Ana Paula Caggiano

Esse poema foi escrito por mim no dia 12/05/2006, na aula de português como atividade para o Dia Das Mães. Eu dedico ele a minha mãe e à todas as mães que são mulheres especiais.


Mãe, aqui me recordo
quando tu falavas que eu em seu ventre aquecido de amor e proteção
que a minha vinda ao mundo
seria repleto de muita alegria e esperança em seu coração.
Mãe, aqui me recordo
quando tu falavas que na hora da papinha eu lambuzava nós duas
Com sua paciência, limpava o meu rostinho e o seu e recomeçava tudo de novo
com um grande sorriso nos lábios.
Mãe, aqui me recordo
quando olhava o albúm de fotografias
você segurando as minhas mãozinhas pequenas e frágeis, ensinando-me a dar meus primeiros passos tortos e inseguros.
Logo aprendi a lição e segurando no sofá como se fosse suas mãos e braços, fiquei em pé sozinha indo em sua direção.
Mãe, aqui me recordo
quando tu falavas que na minha infância eu não era uma criança muito arteira,
mas ria das minhas brincadeiras no quintal, com as bonecas no carrinho e sacolas, fingindo que voltara das compras.
Mãe, aqui me recordo
das surras que levei de algo que dizia ou fazia e não te agradara.
Foram momentos, claro, não bons para mim,
mas isso fez-me entender a não ser mimada e birrenta.
Mãe, aqui me recordo
das nossas diferenças e semelhanças, das brigas e reconciliações, das tristezas e alegrias, das indecisões e decisões, dos choros e consolos, das impaciências e paciências, dos silêncios e conversas, os não e sim...
Mãe, aqui me recordo
de todas as fases que tivemos e continuamos a ter carregarei no meu coração, principalmente, tratando-se da sua dedicação, tolerância, compreensão, conselhos e proteção cheios do seu amor e carinho.
Sei que para você é difícil ver sua filhinha sair debaixo de suas asas,
mesmo eu me tornando uma mulher,
sei que em seu coração serei sempre o seu bebê e que a senhora estará ao meu lado apoiando-me e defendendo-me de tudo e de todos. Por isso e muito mais sou grata.
Mãe, aqui me recordo
de nunca esquecer de dizer:
Eu te amo e um Feliz Dia das Mães!!!

domingo, 2 de maio de 2010

Oficina de integração social no Parque das Hortênsias

Por Ana Paula Caggiano



O CECO localizado no Parque das Hortênsias ajuda adultos portadores ou não de transtornos mentais através da arte, do trabalho e do lazer

Fotos: Ana Paula Caggiano
Inaugurado no dia 12 de Setembro de 2002, o Centro de Convivência e Cultura (CECO), faz parte da rede de serviços da Secretaria do Munícipio de Taboão da Serra, sendo um espaço de saúde mental aberto à comunidade, com objetivo de integrar pessoas que sofrem de transtornos emocionais ou não a relacionar socialmente, não pela patologia, e sim, pela experimentação da arte, do trabalho e do lazer.
Placa de inauguração do CECO.

Outro objetivo é ajudar essas pessoas na convivência nos diferentes espaços da cidade, como parques, ruas, praças, museus etc, para que estas possam sentir que fazem parte do ambiente onde estão sem que nada barre as possilibidades de desenvolvimento e ação delas. "O CECO é uma oportunidade de integra-los (pessoas que sofrem de transtornos mentais) junto a sociedade que os exclui", fala a estagiária em psicologia, Tamiris Lima de Souza.

Dentro do espaço CECO


As oficinas oferecidas no CECO, no Parque das Hortênsias, desenvolvidas por profissionais da saúde com uma equipe de diferentes formações (psicológos, fonoaudiologos e terapeutas) e voluntários, com diferentes temáticas, nos períodos da manhã e a tarde, para que todos os interessados possam escolher e participar do que lhes interessa. Dentre elas: artesanato com sucata, artesanato e decoração, comunicação, teatro, cinema (parceria com a Escola de Cinema de São Paulo), movimento e dança, tear e tapeçaria, Bem Estar, música, jogos, meio ambiente e jardinagem, cerâmica, atividades físicas e cuidados coma a saúde.

Psicológo há dez anos e trabalha na oficina de cinema digital, Renato Guenther, diz que é difícil relacionar pessoas com problemas psicológicos na sociedade. "Um grupo só com doentes mentais não está se integrando à sociedade, porque é a aceitação do outro grupo sem transtornos é complicado. Tem que haver o convívio de todos para entender o que se passa com os dois lados", explica.







O Centro de Convívencia e Cultura.
As oficinas acontecem de segunda a sexta-feira das 9h ao 12h e da 13h às 17h. Na Praça Miguel Ortega, n°500 - Pq. das Hortênsias, Taboão da Serra- SP. Fone: 4135-2460.

Fotos- Parque das Hortênsias

As fotos do parque foram fotogragafas por euzinha, Ana Paula Caggiano.



Portaria do Parque das Hortênsias.


Mapa do parque.



Lanchonete e o playground.



Animais empalhados.