População ainda não tem consciência dos riscos do excesso de exposição ao sol sem a devida proteção
Por Ana Paula Caggiano
Verão faz lembrar calor, praia, piscina e pele bronzeada. Mas todo cuidado é pouco quando se está exposto aos raios solares. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pele está cada vez mais frequente, correspondendo a cerca de 25% de todos os tumores malignos já registrados no país.
A dermatologista e membro da Sociedade Internacional de Dermatologia (IACD), Denise Steiner, alerta para a necessidade de conscientização das pessoas. “A população ainda não tem consciência ao uso do protetor, embora os meios de comunicação tenham enfatizado muito isso. Isso está melhorando principalmente no que se refere ao cuidado com as crianças. Já os adultos – os mais jovens - não acreditam nos malefícios do sol e ainda querem ficar bronzeados”, afirma. E completa. "O grupo de risco são pessoas de peles, cabelos e olhos claros, e também cuja família já teve câncer de pele”.
O aposentado Vicente Bracco, 68, diz que permanece exposto ao sol durante boa parte do dia e não faz o uso do protetor solar. “Confesso que fico horas no sol e não passo o protetor. Não acredito muito nos riscos como dizem os médicos, até porque estou acostumado com o sol, mesmo que a minha pele seja muito clara e fique logo queimada ao ponto de arder. Minha esposa fala do protetor, mas não teria paciência de passar toda hora o produto”, conta.
O período mais apropriado para se expor ao sol, sempre usando o protetor solar, é entre às 8h e 11h da manhã e após as 15h. Isso porque entre 11h e 15h ocorre a incidência dos raios UVB, que deixam a pele vermelha, irritada e, com o tempo, predisposta ao câncer de pele. A dermatologista explica como o protetor solar deve ser usado. "Passe uma quantidade generosa na pele limpa, 30 minutos antes de se expor ao sol. Reaplique depois de 30 minutos e repita o procedimento a cada duas horas ou sempre que transpirar muito. Quanto à exposição prolongada, por exemplo, quem trabalha ao ar livre deve usar o filtro e reaplicá-lo nas áreas expostas a cada quatro horas”, orienta.
A jornalista Aline Taluana da Silva Rojas, 21, afirma ser cuidadosa com a saúde de sua pele e conta que aplica o protetor solar todos os dias antes de sair de casa. “Uso diariamente quando vou sair, pois minha pele é muito clara e extremamente sensível. Passo o protetor duas vezes ao dia e evito, ao máximo, o sol”, diz.
Riscos e cuidados com a pele
O filtro deve ser usado em todas as estações do ano e até nos dias nublados, pois também há incidência dos raios UVA e UVB. Contudo, é no verão que as pessoas abusam no sol para ficarem bronzeadas, podendo correr alguns riscos. “O bronzeamento sempre agride a pele mesmo que a pessoa vá aos poucos e use filtro solar. Quando ela está bronzeada é porque a pele já sofreu uma agressão além do que poderia suportar, e por isso, produz mais melanina. É preciso enfatizar que qualquer tipo de bronzeamento já é agressivo à pele”, afirma a dermatologista Denise Steiner.
A especialista conta ainda que a maneira certa de se bronzear é usar um filtro leve (nº30 gel, loção não oleosa e nem comedogênico). O produto deve ser bem distribuído e espalhado no corpo em camada generosa. O sol deve ser tomado aos poucos para que a pele não queime e descame antes de conseguir o bronzeado. É importante também fazer uma hidratação diária.
A jornalista Alessandra Marcondes Sabbag, 22, explica como faz para se proteger do sol. “Nunca tive problemas com bronzeador. Só uso um, de uma marca famosa e bem conhecida no mercado porque tenho mais confiança, assim não estraga minha pele. Mas sempre alterno entre o bronzeador e o protetor. Todos os dias, após o banho, passo o creme e, quando estou no litoral e volto da praia, não é diferente. Aplico o hidratante sobre os lugares mais queimados para refrescar”, diz.
Após a exposição ao sol, o ideal é que a pessoa passe um creme hidratante. Segundo a dermatologista, existem dois tipos de hidratantes: o hidratante oclusivo quando faz uma película para evitar que a água evapore da pele - caso do óleo de amêndoas. E o hidratante ativo que irá penetrar na pele e puxar a molécula de água para perto daquele local. Portanto, um creme adequado é sempre melhor que o óleo de amêndoas.
Em caso de irritação na pele, queimaduras e bolhas, por causa do excesso de sol, é essencial que consulte um médico, principalmente sobre as bolhas porque qualquer produto passado pode ser alergizante e ocasionar maiores prejuízos. De acordo com a médica, o câncer de pele provocado pelo sol se caracteriza por feridas que não cicatrizam, áreas que estão sempre vermelhas, descamando e parecendo inflamada.
Protetores mais indicados para cada tipo de pele
É importante verificar na embalagem se o protetor solar oferece proteção contra raios UVA e UVB e se tem aprovação da ANVISA. "Observar também se entre seus princípios ativos há antioxidantes, que ajudam a neutralizar a ação dos radicais livres que acumulam após exposição solar. Pessoas de pele oleosa ou com tendência a acne devem optar pelos produtos com veículo gel ou oil free. Para as peles mais secas os protetores podem ter o veículo mais gorduroso como loção e creme", explica a dermatologista Denise.
Confira a classificação para os tipos de pele, baseada na cor da cútis e na relação à exposição solar, do médico americano Thomaz B. Fitzpatrick. Pele tipo I e II (sempre queima, nunca bronzeia) e II (queima facilmente, bronzeia muito pouco) - devem usar FPS 30 no mínimo. Pele tipo III(queima moderadamente e bronzeia uniforme) – usar o FPS nº 20. Por fim, pele IV (queima minimamente e sempre bronzeia), V (raramente queima e bronzeia bastante, em um tom marrom escuro), VI (nunca queima, sempre bronzeia) – usar o FPS 15. Não é recomenda passar produtos na pele de crianças até o 6 meses de vida.
Por Ana Paula Caggiano
Verão faz lembrar calor, praia, piscina e pele bronzeada. Mas todo cuidado é pouco quando se está exposto aos raios solares. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pele está cada vez mais frequente, correspondendo a cerca de 25% de todos os tumores malignos já registrados no país.
A dermatologista e membro da Sociedade Internacional de Dermatologia (IACD), Denise Steiner, alerta para a necessidade de conscientização das pessoas. “A população ainda não tem consciência ao uso do protetor, embora os meios de comunicação tenham enfatizado muito isso. Isso está melhorando principalmente no que se refere ao cuidado com as crianças. Já os adultos – os mais jovens - não acreditam nos malefícios do sol e ainda querem ficar bronzeados”, afirma. E completa. "O grupo de risco são pessoas de peles, cabelos e olhos claros, e também cuja família já teve câncer de pele”.
O aposentado Vicente Bracco, 68, diz que permanece exposto ao sol durante boa parte do dia e não faz o uso do protetor solar. “Confesso que fico horas no sol e não passo o protetor. Não acredito muito nos riscos como dizem os médicos, até porque estou acostumado com o sol, mesmo que a minha pele seja muito clara e fique logo queimada ao ponto de arder. Minha esposa fala do protetor, mas não teria paciência de passar toda hora o produto”, conta.
O período mais apropriado para se expor ao sol, sempre usando o protetor solar, é entre às 8h e 11h da manhã e após as 15h. Isso porque entre 11h e 15h ocorre a incidência dos raios UVB, que deixam a pele vermelha, irritada e, com o tempo, predisposta ao câncer de pele. A dermatologista explica como o protetor solar deve ser usado. "Passe uma quantidade generosa na pele limpa, 30 minutos antes de se expor ao sol. Reaplique depois de 30 minutos e repita o procedimento a cada duas horas ou sempre que transpirar muito. Quanto à exposição prolongada, por exemplo, quem trabalha ao ar livre deve usar o filtro e reaplicá-lo nas áreas expostas a cada quatro horas”, orienta.
A jornalista Aline Taluana da Silva Rojas, 21, afirma ser cuidadosa com a saúde de sua pele e conta que aplica o protetor solar todos os dias antes de sair de casa. “Uso diariamente quando vou sair, pois minha pele é muito clara e extremamente sensível. Passo o protetor duas vezes ao dia e evito, ao máximo, o sol”, diz.
Riscos e cuidados com a pele
O filtro deve ser usado em todas as estações do ano e até nos dias nublados, pois também há incidência dos raios UVA e UVB. Contudo, é no verão que as pessoas abusam no sol para ficarem bronzeadas, podendo correr alguns riscos. “O bronzeamento sempre agride a pele mesmo que a pessoa vá aos poucos e use filtro solar. Quando ela está bronzeada é porque a pele já sofreu uma agressão além do que poderia suportar, e por isso, produz mais melanina. É preciso enfatizar que qualquer tipo de bronzeamento já é agressivo à pele”, afirma a dermatologista Denise Steiner.
A especialista conta ainda que a maneira certa de se bronzear é usar um filtro leve (nº30 gel, loção não oleosa e nem comedogênico). O produto deve ser bem distribuído e espalhado no corpo em camada generosa. O sol deve ser tomado aos poucos para que a pele não queime e descame antes de conseguir o bronzeado. É importante também fazer uma hidratação diária.
A jornalista Alessandra Marcondes Sabbag, 22, explica como faz para se proteger do sol. “Nunca tive problemas com bronzeador. Só uso um, de uma marca famosa e bem conhecida no mercado porque tenho mais confiança, assim não estraga minha pele. Mas sempre alterno entre o bronzeador e o protetor. Todos os dias, após o banho, passo o creme e, quando estou no litoral e volto da praia, não é diferente. Aplico o hidratante sobre os lugares mais queimados para refrescar”, diz.
Após a exposição ao sol, o ideal é que a pessoa passe um creme hidratante. Segundo a dermatologista, existem dois tipos de hidratantes: o hidratante oclusivo quando faz uma película para evitar que a água evapore da pele - caso do óleo de amêndoas. E o hidratante ativo que irá penetrar na pele e puxar a molécula de água para perto daquele local. Portanto, um creme adequado é sempre melhor que o óleo de amêndoas.
Em caso de irritação na pele, queimaduras e bolhas, por causa do excesso de sol, é essencial que consulte um médico, principalmente sobre as bolhas porque qualquer produto passado pode ser alergizante e ocasionar maiores prejuízos. De acordo com a médica, o câncer de pele provocado pelo sol se caracteriza por feridas que não cicatrizam, áreas que estão sempre vermelhas, descamando e parecendo inflamada.
Protetores mais indicados para cada tipo de pele
É importante verificar na embalagem se o protetor solar oferece proteção contra raios UVA e UVB e se tem aprovação da ANVISA. "Observar também se entre seus princípios ativos há antioxidantes, que ajudam a neutralizar a ação dos radicais livres que acumulam após exposição solar. Pessoas de pele oleosa ou com tendência a acne devem optar pelos produtos com veículo gel ou oil free. Para as peles mais secas os protetores podem ter o veículo mais gorduroso como loção e creme", explica a dermatologista Denise.
Confira a classificação para os tipos de pele, baseada na cor da cútis e na relação à exposição solar, do médico americano Thomaz B. Fitzpatrick. Pele tipo I e II (sempre queima, nunca bronzeia) e II (queima facilmente, bronzeia muito pouco) - devem usar FPS 30 no mínimo. Pele tipo III(queima moderadamente e bronzeia uniforme) – usar o FPS nº 20. Por fim, pele IV (queima minimamente e sempre bronzeia), V (raramente queima e bronzeia bastante, em um tom marrom escuro), VI (nunca queima, sempre bronzeia) – usar o FPS 15. Não é recomenda passar produtos na pele de crianças até o 6 meses de vida.
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