domingo, 29 de abril de 2012

O mestre do Suspense

Por Ana Paula Caggiano

Hoje faz 32 anos da morte do cineasta inglês Alfred Hitchcok, considerado o mestre dos filmes de suspense.
Os longas como Janela Indiscreta (1954), Psicose (1960) entre outros sofreram novas adaptações. Além das aparições do cineasta em vários de seus longas, o que mais chama a atenção e ajudar à dar mais tensão e medo ao público é a trilha sonora - Simplesmente perfeita.





Janela Indiscreta.




Psicose.




Os Passáros (1963).





Fotos: Banco de Imagens

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Canecas: Charme e utilidade

Caneca porta lápis

Canecas de tomar chá ou café viram organizadores do material escolar e do escritório

Publicado no site Tempo de Mulher, Ana Paula Padrão - "dicas" - Da Redação, http://estilo.br.msn.com/tempodemulher


As canequinhas que usamos para tomar chá ou café podem virar organizadores do material escolar e do escritório. Experimente usá-las como porta-lápis e canetas. Elas podem dar um ar moderno e descontraído à decoração e você também pode brincar com as cores estampas.



No quarto das crianças, canecas com motivos infantis (bichinhos, personagens, carrinhos, entre outros) além de fofas, ajudam a despertar a imaginação dos pequenos.


No escritório, canecas com desenhos geométricos, estampas de bicho e motivos divertidos dão um toque pessoal à mesa de trabalho e ainda deixam lápis, canetas, borrachas e outros objetos do dia a dia bem organizados.






A ideia é super divertida e funcional, pois se você tem em casa uma caneca que está lá no armário ocupando espaço e nem se quer ter o costume de usar, então dê um destino à esse objeto: coloque-o para fazer parte da decoração e com utilidade.

Na minha mesa do computador eu tenho uma caneca que utilizo como porta canetas, lápis, tesoura etc... Eu ganhei essa caneca quando criança da minha prima e foi ela mesma que desenhou e pintou (na época ela trabalhava com pinturas em canecas). Fazia tempo que estava guardado e como eu precisava de um porta treco prático para organizar canetas entre outros objetos menores, lembrei dessa caneca personalizada especialmente para mim... Juntei o útil ao agradável. Veja a foto:


Fotos: Banco de Imagens

sábado, 14 de abril de 2012

Beijo

Eu sei que estou bastante atrasada em apostar este post, pois o Dia do Beijo já passou (13/04), mas resolvi mesmo assim colocar. Afinal de contas, o beijo de paixão ou de amizade acontece a todo instante da vida.








O Primeiro Beijo
(Clarice Lispector)

Os dois mais murmuravam que conversavam: havia pouco iniciara-se o namoro e ambos andavam tontos, era o amor. Amor com o que vem junto: ciúme.
- Está bem, acredito que sou a sua primeira namorada, fico feliz com isso. Mas me diga a verdade, só a verdade: você nunca beijou uma mulher antes de me beijar? Ele foi simples:
- Sim, já beijei antes uma mulher.
- Quem era ela? perguntou com dor.
Ele tentou contar toscamente, não sabia como dizer.
O ônibus da excursão subia lentamente a serra. Ele, um dos garotos no meio da garotada em algazarra, deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos cabelos com dedos longos, finos e sem peso como os de uma mãe. Ficar às vezes quieto, sem quase pensar, e apenas sentir - era tão bom. A concentração no sentir era difícil no meio da balbúrdia dos companheiros.
E mesmo a sede começara: brincar com a turma, falar bem alto, mais alto que o barulho do motor, rir, gritar, pensar, sentir, puxa vida! como deixava a garganta seca.
E nem sombra de água. O jeito era juntar saliva, e foi o que fez. Depois de reunida na boca ardente engulia-a lentamente, outra vez e mais outra. Era morna, porém, a saliva, e não tirava a sede. Uma sede enorme maior do que ele próprio, que lhe tomava agora o corpo todo.
A brisa fina, antes tão boa, agora ao sol do meio dia tornara-se quente e árida e ao penetrar pelo nariz secava ainda mais a pouca saliva que pacientemente juntava.
E se fechasse as narinas e respirasse um pouco menos daquele vento de deserto? Tentou por instantes mas logo sufocava. O jeito era mesmo esperar, esperar. Talvez minutos apenas, enquanto sua sede era de anos.
Não sabia como e por que mas agora se sentia mais perto da água, pressentia-a mais próxima, e seus olhos saltavam para fora da janela procurando a estrada, penetrando entre os arbustos, espreitando, farejando.
O instinto animal dentro dele não errara: na curva inesperada da estrada, entre arbustos estava... o chafariz de onde brotava num filete a água sonhada. O ônibus parou, todos estavam com sede mas ele conseguiu ser o primeiro a chegar ao chafariz de pedra, antes de todos.
De olhos fechados entreabriu os lábios e colou-os ferozmente ao orifício de onde jorrava a água. O primeiro gole fresco desceu, escorrendo pelo peito até a barriga. Era a vida voltando, e com esta encharcou todo o seu interior arenoso até se saciar. Agora podia abrir os olhos.
Abriu-os e viu bem junto de sua cara dois olhos de estátua fitando-o e viu que era a estátua de uma mulher e que era da boca da mulher que saía a água. Lembrou-se de que realmente ao primeiro gole sentira nos lábios um contato gélido, mais frio do que a água.
E soube então que havia colado sua boca na boca da estátua da mulher de pedra. A vida havia jorrado dessa boca, de uma boca para outra.
Intuitivamente, confuso na sua inocência, sentia intrigado: mas não é de uma mulher que sai o líquido vivificador, o líquido germinador da vida... Olhou a estátua nua.
Ele a havia beijado.
Sofreu um tremor que não se via por fora e que se iniciou bem dentro dele e tomou-lhe o corpo todo estourando pelo rosto em brasa viva. Deu um passo para trás ou para frente, nem sabia mais o que fazia. Perturbado, atônito, percebeu que uma parte de seu corpo, sempre antes relaxada, estava agora com uma tensão agressiva, e isso nunca lhe tinha acontecido.
Estava de pé, docemente agressivo, sozinho no meio dos outros, de coração batendo fundo, espaçado, sentindo o mundo se transformar. A vida era inteiramente nova, era outra, descoberta com sobressalto. Perplexo, num equilíbrio frágil.
Até que, vinda da profundeza de seu ser, jorrou de uma fonte oculta nele a verdade. Que logo o encheu de susto e logo também de um orgulho antes jamais sentido: ele...
Ele se tornara homem.









Fotos: Banco de Imagens

sábado, 7 de abril de 2012

Dia do Jornalista

Por Ana Paula Caggiano






O jornalista é aquele que...
Vai atrás da história
Conta realmente os fatos
Pergunta, pergunta e pergunta
Fala com muita gente
Ouve muita gente
Pesquisa, apura e checa tudo
Prova o que diz e tem provas
Confia, mas confia desconfiando
Nunca está satisfeito
Seu foco é informar e gerar opinião
Sabe que o grande furo está no peso da verdade
Não tem tempo ruim
Tem muita paciência e jogo de cintura
Agrada poucos e desagrada muitos
Corre risco de vida toda hora
Se aventura de cabeça e encara desafios
Aquele que se faz de tímido, mas que de bobo não tem nada
Pode ser atrevido e chamado de chato
É um ser humano como outro qualquer... Cheio de defeitos e qualidades... E sua competêcia está na humildade de se fazer o trabalho bem feito.


Fotos: Banco de Imagens